Pela Islândia (parte 1) | Ferðast um Ísland (hluti 1)

Já a partir do avião deu para perceber quão dramática é a paisagem islandesa. Enquanto a Nova Zelândia (aqui e aqui) parece ter sido desenhada por um arquitecto paisagista, a Islândia parece ter vindo de uma outra qualquer dimensão: paisagem agreste, inóspita, quase desumana, mas de uma beleza difícil de descrever e capturar em fotografia. (Por algum motivo a paisagem islandesa foi a escolhida para os filmes Prometheus, Interstellar, vários dos Stars Wars e a série Game of Thrones).

Curiosidade: A Islândia só tem cerca de 3% do seu território coberto por floresta - os colonizadores noruegueses destruíram as florestas para obter madeira para construção e aquecimento e "esqueceram-se" de re-plantar as árvores (nas últimas décadas tem havido um esforço acrescido para se plantarem mais árvores pela Islândia). Há até uma piada nacional bem a propósito: "- Se alguém se perder numa floresta islandesa, o que deve fazer para ser resgatado? - Levantar-se!" Ah-ah-ah, porque as árvores são muito baixinhas :)

Reykjavík, Golden Circle e Blue Lagoon

Reykjavík é a capital mais a norte do mundo, cosmopolita-qb-em-tamanho-pequeno, e bem perto de toda a acção nesta zona da ilha.

Sugestões de atividades:

  • O "Círculo Dourado" é provavelmente a rota mais turística da Islândia, mas por razões válidas dada a diversidade de paisagem da região: catarata Faxi, catarata Gulfoss, zona geotérmica de Geysir com o célebre geyser Strokkur, e o Parque Nacional Þingvellir (Património Mundial da UNESCO - neste parque encontra-se uma "fenda" entre a placa tectónica da América do Norte e da Eurásia, que se afastam 2cm por ano, em média). Vale a pena visitar algumas das quintas que existem nesta área para apreciar as famosas ovelhas islandesas (e já agora comprar uma das super-tradicionais camisolas de lã feitas à mão - lopapeysas) e os ainda-mais-famosos cavalos islandeses - os islandeses são tão cuidadosos com a manutenção de uma raça pura islandesa que não é permitida a entrada a nenhuma outra ovelha/cavalo do exterior, e ovelhas/cavalos islandeses que saiam do país não podem voltar a entrar.
  • Piscinas naturais: A "Lagoa Secreta" não será hoje tão secreta como já foi, MAS vale realmente a visita, principalmente ao início da manhã para ver o nascer do sol (entenda-se que durante parte do inverno o nascer do sol acontece às 11:00...). Esta "piscina" encontra-se na área geotermal de Hverahólmi e "inclui" um pequeno geyser, a ser admirado à distância, que entra em erupção a cada 10 minutos mais-ou-menos. Já a mais-que-famosa "Lagoa Azul" é super turística, sem sombra de dúvida, mas acho difícil ir à Islândia e não visitar este local (mas também acho que uma vez chegará!). A lagoa foi formada pela primeira vez em 1976 como uma piscina de águas residuais da central geotérmica vizinha, e alguns anos depois as pessoas começaram a tomar banho nestas águas devido aos rumores, que entretanto se verificaram ser verdade, de que as águas ricas em minerais seriam calmantes para um gama de doenças da pele. A cor azul leitosa da piscina é incrível de se ver contra a paisagem de lava preta (a água é deste tom por causa da silica), e um mergulho nas águas é super relaxante (um guia detalhado para uma visita à Blue Lagoon aqui).
  • Auroras boreais: Uma tour de barco para ir em busca das auroras é uma experiência diferente e que recomendo! Mais ainda quando se tem à disposição uns macacões à prova de chuva/vento/frio e que nos fazem sentir autênticos astronautas.
  • Em Reykjavík: walking tour de 2h pela cidade, visita à igreja Hallgrímskirkja, possibilidade de visitar uma série de museus desde os mais tradicionais (história islandesa, vikings, baleias, lava, arte) até ao extremamente único museu do pénis. E que tal umas aulas na Escola dos Elfos?? - segundo esta escola, 54% da população islandesa acredita na existência de elfos.
Sugestões de restaurantes em Reykjavík: Hlemmur Mathöll (food hall); Forréttabarinn (tapas e petiscos, com destaque para o peixe); Reykjavík Kitchen (comida tradicional islandesa com um twist); cachorros-quentes no Bæjarins Beztu (é favor pedir "eina með öllu" - "com tudo", que inclui a salsicha de borrego, cebola e cebola-frita, ketchup, mostarda e remoulade); Fishmarket (fusão islandesa & japonesa); Lóa Restaurant no hotel Center Hotels Laugavegur. Cafés: Emilie and the cool kids, Sandholt e Brauð & Co. Gelados no Ísbúðin litla Valdís.


Curiosidade: na recepção do nosso hotel em Reykjavík, um português; no café do food hall Hlemmur Mathöll, uma portuguesa; na recepção da Blue Lagoon, um português. Quando perguntei acerca de turistas portugueses, quase nenhuns aparentemente.

Comentários

Mensagens populares