Aotearoa, a mágica Nova Zelândia (ilha sul) | Aotearoa, the magical New Zealand (south island)


Aotearoa, "a terra da longa nuvem branca" - foi assim que os Maori batizaram a Nova Zelândia quando avistaram a ilha norte pela primeira vez.

Quando se pensa na Nova Zelândia pensa-se normalmente em montanhas, lagos, fiords e desportos radicais. A NZ é tudo isso e muito mais: é floresta tropical, praias de areia dourada (bem como praias de areia vulcânica), mar azul turquesa, surf, cultura Maori, vulcões, trekking (conhecido por tramping por estes lados), etc.

Com apenas duas semanas disponíveis optamos por nos focar na parte norte da ilha sul + ilha norte de Wellington até Auckland: começamos em Christchurch e terminamos em Auckland. Uma vez que não tivemos oportunidade de visitar aquela que é considerada a zona mais espectacular do país, Milford Sound e o Fiordland National Park, já está nos nossos planos para um futuro próximo ;)

Praticalidades:
  • Desde Outubro de 2019 que é necessário um visto para entrar na Nova Zelândia: nós só descobrimos isso no momento do check-in quando nos disseram que não podíamos embarcar  no avião sem o dito visto... Como?! Felizmente o visto pode ser comprado online e em 5 minutos! (e tem a validade de 3 anos)
  • A NZ tem uns passes de camioneta muito porreiros (e as camionetas são muito confortáveis). Basicamente, mediante a zona que se tenciona visitar, dá para comprar um passe específico que fica extremamente em conta. Nós optamos por fazer o topo norte da ilha sul com este passe, e compramos as seguintes viagens: Christchurch-Kaikoura, Kaikoura-Christchurch, Christchurch-Greymouth (comboio tranzalpino), Greymouth-Nelson, Nelson-Picton. 

ILHA SUL, de Christchurch até Wellington

dia 1

De Melbourne a Christchurch são apenas 3h30 de voo. O controlo dos passaportes e bagagem - à semelhança da Austrália a NZ é extremamente cuidadosa com o que entra nas suas fronteiras - foi anormalmente demorado, mas pronto, nada a fazer.

A tarde e início da noite foi passada por Christchurch. Não é fácil descrever a energia desta cidade, uma cidade renascida das cinzas e escombros após os terramotos de 2010 e 2011: mais de 80% dos edifícios do centro da cidade tiveram de ser demolidos após o segundo terramoto! A cidade ainda está a recuperar, mas adorei a vibração que se sente: em cada esquina há uma surpresa - arte urbana, esculturas, lotes vazios utilizados para caravanas de comida / parques para crianças / parques de skates e bicicletas / camas de rede (sim, camas de rede!). Christchurch conquistou-me pela resiliência daqueles habitantes que estão a recuperar a sua cidade sem tentar ocultar o que aconteceu: e estão a fazer um trabalho incrível.

dia 2

Dia em Kaikoura, a 180km de Christchurch, vila pitoresca visitada por albatrozes, leões-marinhos, golfinhos e baleias, e considerada um dos melhores locais da NZ (bem como do mundo) para apreciar a vida animal marinha de perto - a vida marinha é abundante nesta região devido às correntes e certas condições geológicas propícias a uma maior quantidade de alimento disponível.

Nós tínhamos tudo planeado para ir para o alto-mar ver baleias-fofas, mas dadas as condições adversas tivemos de ficar mais perto da costa: não vimos as baleias mas vimos várias espécies de albatroz, várias espécies de golfinho, e leões-marinhos.

A areia cinzenta, o mar turquesa, as montanhas ao longe (algumas com neve nos seus picos), e o peixe e marisco delicioso, fazem de Kaikoura um destino a não perder.

dia 3

A viagem de comboio de Christchurch a Greymouth - o comboio tranzalpino - é um clássico. A viagem vai da costa este à oeste, do oceano Pacífico até ao mar de Tasman, em menos de 5h, e é considerada uma das viagens cénicas de comboio mais bonitas do mundo (foi assim que a descobri, num artigo da National Geographic com as viagens de comboio mais inesquecíveis).

Chegados a Greymouth metemo-nos na camioneta para Nelson. Precisamente 100 km dessa viagem são ao longo da "The Great Coast Road", com o mar turquesa do lado esquerdo e vegetação luxuriante do lado direito. Ainda tivemos tempo para parar nas Pancake Rocks, que tal como o nome indica são formações rochosas que parecem centenas (milhares?) de panquecas empilhadas, tudo no meio de palmeiras.

dia 4

Nelson é uma das principais portas de entrada para o Parque Nacional Abel Tasman. De Nelson apanhamos a camioneta até Kaiteriteri onde começou o nosso dia de aventura que incluiu cruzeiro, caiaque e lancha. E foi neste dia que me apaixonei pela Nova Zelândia.

O Abel Tasman National Park parece um conjunto de postais paradisíacos: praias douradas e floresta luxuriante, e tudo praticamente só para nós (pelo menos a zona que nós estávamos a explorar). Há um pouco de tudo para todos os gostos: trilhas de hiking, cascatas, praias desertas, e muito mar. Só queria ter tido mais tempo por aqui...

dia 5

Infelizmente tivemos de deixar Nelson para trás e rumar a Picton. Tivemos de passar aqui uma noite por incompatibilidade de horários entre a camioneta de Nelson e o ferry para Wellington, mas não se passa praticamente nada em Picton. Deu para dar uns passeios e relaxar em esplanadas (obviamente preferia estar em Anchorage, no Abel Tasman, estendida na praia ;))

dia 6

De Picton a Wellington, uma viagem cénica que atravessa os majestosos Marlborough Sounds, onde o mar cobriu estes vales há cerca de 10.000 anos atrás, resultando neste postal de canais de água e ilhas isoladas.

Era dia de Natal e na zona VIP do barco (somos uns backpackers muito à frente) esperava-nos um almoço de Natal com uma vista a condizer.


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