Dicas simples a partilhar - DEPOIS | Enkla tips att dela med sig av - EFTER
Toda a teoria pré-parto revelou-se útil qb, embora consiga agora perceber quão desajustadas estavam algumas das minhas expectativas (“dicas simples”?!?!?!) - e acreditem que as minhas expectativas já estavam bastante baixas...
Sim, os primeiros tempos têm sido DUROS. Por exemplo, não estava preparada - de todo - para quão difícil a amamentação pode ser. Processo natural - sim - mas cheio de particularidades (tema a desenvolver no futuro).
1. Antes: Baseados no feedback de 99% dos pais, estamos preparados para algo entre o cansaço extremo e a exaustão extrema pós-parto ;) Logo para evitar idas desnecessárias ao exterior nas primeiras semanas (basicamente queremos sair para passear ao ar livre e ir às visitas ao médico, não para ir para dentro de lojas), há que ter os essenciais para o baby preparados: um local seguro para ele dormir, fraldas, roupinha para os primeiros tempos, comida garantida (seja mama ou fórmula), e básicos de farmácia.
Depois: Apesar de termos comprado uma série de coisas de forma pró-activa (muitas delas que ainda nem usamos!) vimo-nos a encomendar online, quase dia-sim-dia-não, uma série de outras coisas que estavam em falta, ou que agora faziam mais sentido, ou que dadas certas circunstâncias nos foram sugeridas por profissionais de saúde e amigos.
2. Antes: O quarto "completo" do baby tem tempo, sendo o essencial (já referido no ponto 1.) um local seguro para ele dormir: as recomendações atuais são as de ter o baby a dormir no quarto dos pais durante pelo menos 6 meses, na sua própria cama (numa cama despida), e sempre de barriga para cima (mais info aqui).
Depois: A teoria é fantástica mas ainda gostava de conhecer um recém-nascido que tivesse ficado a dormir sozinho no seu berço (mesmo que junto à cama dos pais), e de barriga para cima, desde a primeira noite. O medo da síndrome da morte súbita persegue qualquer pai (sim, já perdemos a conta do número de vezes que fomos confirmar que a Aurora estava a respirar), mas a necessidade que o recém-nascido tem de estar junto à mãe (para além de que alguns bebés querem mamar de hora a hora), bem como a sanidade mental dos pais, têm de alguma forma de ser tidos em conta.
3. Antes: Preparar os essenciais para o pós-parto, para os pais, também é uma dica preciosa: destaque para o frigorífico/congelador/despensa devidamente abastecidos com comida nutritiva&fácil, mais os produtos que a mãe ache necessários para uma recuperação mais rápida pós-parto (eu estou a apostar na marca sueca-americana Frida). No nosso caso, que não temos o suporte logístico da família, dedicamos algum tempo nas semanas anteriores à data prevista do parto a cozinhar para congelar: base de sopa, base de canja, arroz de frango e lasagna, por exemplo. E não falta nada na nossa despensa e frigorífico!!
Depois: Foi a nossa opção, e não faríamos de outra forma, mas o facto de não termos a nossa rede de suporte perto não é sempre fácil. Se por um lado esta distância é o ideal para controlar visitas e viroses e opiniões/comentários que nada fazem por nós, uma ajuda com a comida e roupa e limpeza da casa seria algo muito apreciado.
4. Antes: Ter a mala para a maternidade pronta a partir da semana 37 pode ajudar a evitar stress desnecessário de última hora (onde está a camisa de dormir? e o soutien de amamentação?? e a manta???). Eu para além de ter a mala praticamente pronta - e já desde a semana 36 quando fomos ao hospital tentar a manobra de inversão - tenho uma lista no telemóvel para confirmar, quando chegar a hora "A", que nada essencial fica esquecido.
Depois: Até as enfermeiras-parteiras fizeram piadas com o tamanho da minha mala ahah - sim, definitivamente exagerei! Basicamente do que levei só usei os meus artigos de higiene, a toalha e os chinelos de banho. E a Aurora só precisou de uma manta e gorro, muda de roupa para a saída (durante os dias no hospital estivemos sempre pele-com-pele pelo que a Aurora andava sempre de fralda, e eu sempre de mamocas ao léu) e cadeira para o carro.
5. Antes: Ter a cadeirinha do recém-nascido devidamente instalada no carro também pode ajudar a gerir algum stress.
Depois: Certo.
6. Antes: Eu sou um bocadinho obcecada com limpezas e arrumações (signo virgem ok?!). Pós-parto não será o momento ideal para grandes limpezas a fundo, sendo portanto importante - para alguém como eu, entenda-se - fazer estas limpezas/arrumações antes da chegada do novo membro da família.
Depois: Apesar do meu parto ter sido cesariana, a recuperação foi bastante fácil: não precisei de tomar morfina e já andava a fazer caminhadas ligeiras passados 3 dias do parto; pelo que dei comigo a aspirar a casa passados uns dias de chegar do hospital... E a tratar de roupa... E a lavar a casa de banho mais-ou-menos... A casa está longe de estar super-arrumada, mas está "vivível"!
7. Antes: Escrever uma birthing letter - carta para a equipa que vai estar presente no nosso parto - é o normal na Suécia (já me disseram que em Portugal ainda não é assim tão comum). No início estava um pouco céptica em escrever uma carta com as minhas preferências/pedidos/desejos para o parto, mas depois de falar com diferentes enfermeiras-parteiras e doulas, fiquei convencida. Acabamos por escrever uma birthing letter para parto vaginal e outra para parto cesariana (dada a probabilidade elevada de ter um uma vez que a baby ainda não virou), e muito sinceramente ajudou-me a sentir-me mais informada (já que fui informada/me informei ativamente das diversas opções e possibilidades), ajudou-me a organizar algumas ideias e a sentir-me mais em controlo.
Depois: Nós conseguimos chegar 15 minutos atrasados ao parto da nossa filha! Entenda-se: era suposto estarmos no hospital às 06:45 e só chegamos às 07:00. Conclusão: na tentativa de recuperar tempo fiz as coisas um bocado à pressa e esqueci-me completamente de levar a carta comigo para a sala de parto!! Mesmo assim o parto foi muito bom e só tenho coisas maravilhosas a dizer da equipa médica (tema a desenvolver mais tarde), que mesmo sem carta teve sempre em consideração os nossos desejos.
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