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Já tinha deixado aqui a minha lista de livros de 2021 - deixo agora a de 2022 para inspiração (ou não :)):


The Great God Pan, Arthur Machen (1894) ***
O Great God Pan foi uma das recomendações do 'meu' Stephen King. Uma short story sobre o oculto e horror supernatural, com alguns momentos geniais de puro terror (não esquecer que Machen é considerado por muitos o 'pai' deste género e inspirou dezenas de escritores).

Madame Bovary, Gustave Flaubert (1856) ***
Uma mulher que vive acima das suas possibilidades de maneira a 'escapar' a uma vida banal e medíocre da província. Flaubert foi levado a tribunal em 1856 por este livro ter sido considerado obsceno (ahahah) - o autor ganhou na justiça, sendo que depois deste episódio o livro tornou-se um bestseller.
 
Wuthering Heights, Emily Brontë (1847) **
Comecei a ler este livro inúmeras vezes, mas não havia maneira de 'pegar' (já Jane Eyre da outra irmã Brontë é uma das minhas novelas góticas preferidas!). É um clássico carregado de drama, tensão e abuso. Mas aquele inglês de fim de 1800s quase que deu comigo em doida.

Pachinko, Min Jin Lee (2017) ****
Um livro extraordinário e comovente acerca de quatro gerações de uma família pobre coreana e a sua vida extremamente dura no Japão. Uma história de inocência, sacrifício, amor e honra. E muitas mulheres fortes.

The Invisible Life of Addie LaRue, V.E. Schwab (2020) ****
Num momento de desespero uma jovem negoceia a sua alma em troca de vida eterna. Mas o que ela não sabe é que durante 300 anos a sua existência não vai deixar qualquer marca. Um livro bom que com pelo menos mais 200 páginas poderia ser um livro muito bom...

Anansi Boys, Neil Gaiman (2005) ****
Depois de ler American Gods, Anansi Boys estava na lista. Um livro ligeiro qb que me fez rir em voz alta - Neil Gaiman tem um sentido de humor que eu aprecio muito!!

The Stranger, Albert Camus (1942) ***
A primeira novela de Camus conta a história de um homem ordinário, na Argélia, que após algumas semanas do funeral da mãe, se vê envolvido num homicídio. Alienação, existencialismo e a inevitabilidade da morte.

The Metamorphosis, Franz Kafka (1915) *****
Li a Metamorfose pela terceira vez em 2022 - e este livro só tem melhorado com o tempo. A história começa com um jovem vendedor ambulante, Gregor Samsa, que acorda atrasado para apanhar o comboio, transformado num insecto gigante.

The Trial, Franz Kafka (1914) ***
A história 'absurda' de Josef K., um jovem trabalhador respeitado de um Banco, que é inexplicavelmente acusado de um crime que ele desconhece, e do qual tem de se defender - mesmo desconhecendo a natureza do crime. 

In the Penal Colony, Franz Kafka (1914) ***
Um narrador aparentemente alheado durante eventos que normalmente seriam registados com horror, numa colónia penal numa ilha, onde ainda é utilizado um elaborado instrumento de tortura e execução, que durante 12 horas grava na pele do prisioneiro a sua sentença. 

Nineteen Eighty-Four, George Orwell (1949) *****
Li este livro pela primeira vez em 2020 e agora novamente em 2022. É 'A' novela distópica por eleição, uma visão assustadora de uma sociedade hiper-vigiada, em guerra constante, com um regime opressivo e de propaganda. 

Brave New World, Aldous Huxley (1932) *****
Considerada por muitos uma das melhores obras de ficção científica algum dia escrita, é definitivamente a minha novela distópica favorita. Uma sociedade 'ideal' regulada por Controladores, onde os humanos são criados em tubos de ensaio (aliás, o conceito de mãe e pai é obsceno), onde o sexo e as drogas recreativas são a regra, onde a humanidade está em desumanização. O meu livro de 2022.

The Seven Husbands of Evelyn Hugo, Taylor Jenkins Reid (2017) ***
Uma antiga (e afastada das luzes da ribalta) super-estrela dos tempos áureos de Hollywood resolve contar a história da sua vida - e dos seus sete casamentos - a uma jovem e desconhecida escritora. Para os mais 'distraídos' este livro traz um par de revelações e uma grande revelação; para os mais atentos (eu incluída neste grupo), traz sim um grande 'meeehhhh'.

The Dead, James Joyce (1914) *
Felizmente é um conto curto, porque tenho de admitir que este livro não acrescentou nada de novo à minha vida: uma festa e uma 'revelação' daquelas fraquinhas...

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