Pelas Ilhas Cook | Huri noa i nga Kuki Airani


O plano para estas férias era fazer a “vida de ilha”. Nas Ilhas Cook o tempo é pouco relevante: aqui o importante é desfrutar sem pressas, apreciar a vida a ritmo lento.

Algumas sugestões para aproveitar este pequeno paraíso: 

Rarotonga 

Alugar uma scooter e percorrer os 32km de estrada em volta da ilha, parando onde apetece (assumo a minha preferência pela área entre Vaimaanga e Muri - sul e sudeste da ilha). Sair da estrada principal junto à praia e ir pela estrada interior no meio do “verde”.

Dormir a sesta na(s) praia(s) por baixo de uma sombra (atenção aos coqueiros - basta ver o número de cocos espalhados pelo areal). 

Fazer caiaque ou paddle (ou os 2) na lagoa de Muri e aproveitar para visitar as pequenas ilhotas.

Experimentar a cozinha local. Peixe fresco, caril de marisco, salada de batata com fruta-pão ou raiz de taro em vez de batata, folhas de taro cozinhadas em creme de coco, sumo de papaia e/ou ananás acabados de espremer, água de coco fresca. Algumas sugestões: Anchorage e os seus tacos de peixe; Vaima e o seu peixe escalfado em molho de coco e lima - para além do pôr de sol magnífico!; Sails e o seu hambúrguer de peixe - mesmo “em cima” da lagoa de Muri; uma cerveja ou batido de fruta no Charlie’s com o mar mesmo ali ao lado. 

Assistir a um espectáculo de música, dança, batuque de tambores (supostamente os melhores do Pacífico) e acrobacias com o fogo - nós fomos ao Highlander Paradise e foi muito bom.

Ir aos mercados locais: Muri night food market, onde provei a melhor salada de “batata” de sempre; e mercado de Avarua aos sábados de manhã (falhamos este porque estávamos em Aitutaki).

Visitar as cascatas de Wigmore. Junto a estas cascatas começa uma trilha muito famosa que atravessa a ilha de sul a norte (além disso não faltam outras trilhas para quem gosta de caminhar).

Visitar os jardins tropicais de Maire Nui!

Ir à missa ao domingo (infelizmente não tivemos oportunidade de ir já que o nosso voo de regresso foi precisamente a um domingo): quando os missionários ingleses chegaram às Cook nos finais de 1800, conquistaram a população através do canto gospel. Hoje em dia os cookianos têm fama de ser maravilhosos cantores de gospel. 


Aitutaki 

Aitutaki encontra-se à distância de 45 min de avião de Rarotonga. O avião que faz esta rota é um avião a hélices onde cabem cerca de 35 pessoas - apesar do tamanho reduzido do avião a viagem fez-se bastante bem (nunca tinha entrado num avião ao final do dia com a pele a saber a sal, de chinelos e areia nos pés). 

Se já achamos Rarotonga maravilhosamente calma, Aitutaki, com apenas 2.000 habitantes e em época baixa, é quase maravilhosamente demasiado sossegada :) 

Aitutaki tem aquela que é considerada uma das lagoas mais bonitas do mundo. Apesar de não a termos visitado no seu máximo esplendor (efeitos do ciclone das Fiji), continua a ser o sítio mais bonito onde já estive, com todos os estereótipos de paraíso: praias de areia branca, água de um azul turquesa de uma intensidade que até magoa os olhos (e morna), e palmeiras curvadas pelo vento que proporcionam sombras abençoadas. Passamos o dia a fazer snorkeling e a parar em várias ilhotas enquanto o Paul (o nosso guia) nos explicava 1001 coisas acerca da vida dos cookianos. 



Muito sinceramente passou-me pela cabeça, assim de repente, alterar voos e estender a nossa estadia nas Cook. Entretanto acordei para a realidade e aceitei que apesar de não estar preparada tinha de voltar (até porque as férias não se pagam sozinhas...). Não sei se fui feita para a “vida de ilha”, mas tenho a certeza que era capaz de viver assim por mais uns tempos bem longos :)

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