Ilhas Cook: o nosso pedaço de paraíso | Kuki motu: to tatou wahi o te rangi


“Kia Orana” - a saudação Rarotongan (Maori das Ilhas Cook) que significa “que possas viver uma vida longa e preenchida”, um senhor a tocar um ukulele no aeroporto de Rarotonga, e um colar de flores frescas para cada um: foi assim que as Cook nos receberam. Mais: um sol que ía espreitando por entre algumas nuvens, um calor maravilhoso, e algum vento, resultado ainda do recente ciclone que se fez sentir nas ilhas Fiji, a 2.300 km de distância de Rarotonga. 

As Cook são formadas por 15 ilhas (duas delas desabitadas) que representam apenas 237km quadrados de terra (um terço da ilha da Madeira) MAS que estão espalhadas por qualquer coisa como 1.8 milhões de metros quadrados de água no oceano Pacífico. Vivem nestas ilhas cerca de 18.000 pessoas, mais de metade na ilha capital Rarotonga, que fica a 4h de avião da Nova Zelândia. 

Não foi preciso muito tempo para nos apaixonarmos por esta ilha. Os cocos espalhados pelo chão, as galinhas e galos soltos pela rua, o azul do mar do nosso lado direito e o verde da floresta do nosso lado esquerdo...

Decidimos visitar as Cook na época baixa, que vai de Novembro a Abril, e que coincide com a época húmida (com possibilidade de ciclones). Dito isto tivemos muita sorte com o tempo, e com a ilha a “meio gás”, com praias e restaurantes quase vazios e zero trânsito (que muito provavelmente é inexistente em qualquer altura do ano), sentíamos que tínhamos uma ilha “quase” só para nós: aqui encontramos um pedacinho do paraíso! 

Curiosidades/factos interessantes acerca de Rarotonga e Ilhas Cook: 
  • Rarotonga tem uma forma mais ou menos circular - são 32km / 45min de scooter para dar uma volta completa à ilha 
  • Quase toda a gente tem uma scooter e apesar de ser obrigatório usar capacete apenas os turistas o fazem 
  • Não existem semáforos aqui (e também acho que não existem passadeiras) 
  • Existem duas camionetas a servir a ilha: uma que dá a volta no sentido dos ponteiros do relógio, e outra que dá a volta no sentido oposto 
  • O diesel é a fonte utilizada para a produção de eletricidade mas começam agora a apostar na energia fotovoltaica 
  • Existem centenas de galos e galinhas à solta pela ilha (o nosso despertador era inclusive uma dúzia de galos que todas as manhãs nos dava os bons dias às 5h da manhã...)  
  • As pessoas são simpáticas e bem-dispostas sem serem demasiado simpáticas e bem dispostas 
  • Os Maoris foram os colonizadores da Nova Zelândia e segundo os historiadores vieram das Cook (que por sua vez vieram da atual Polinésia) 
  • Há muitos mais cookianos a viver fora das Ilhas Cook (principalmente Nova Zelândia e Austrália) do que nas Ilhas Cook; aliás, os cookianos têm acesso direto à cidadania neozelandesa (o oposto não se verifica) 
  • Apesar do dólar da Nova Zelândia ser a moeda oficial das Cook, eles também imprimem dinheiro tendo uma moeda triangular de 2$ que já está na minha coleção 
  • Canto e dança são disciplinas obrigatórias na escola principalmente para se preservar a cultura Maori e suas tradições 
  • Não se encontram McDonald’s, Starbucks e afins nestas ilhas: felizmente todos os negócios são locais, incluindo alojamento (mais, é impossível a um estrangeiro comprar terrenos nas Cook) 



Post para breve com recomendações para uns dias bem passados ao ritmo da ilha, entenda-se, calmo e muuuuito prazeroso :) 

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