Joana-de-Melbourne | Joana-from-Melbourne
Hoje, enquanto caminhava com o meu capuccino na mão por baixo de um sol de 33 graus, dei comigo a pensar: “se eu pudesse escolher onde estar neste preciso momento, qual seria a escolha?”
Resposta: a escolha seria Melbourne.
(Estou obviamente a excluir destinos de férias – de outra forma as lhas Cook seriam a minha escolha imediata!).
Nunca fui pessoa de perder muito tempo a fantasiar com cenários alternativos e hipotéticos – sou o que se chama uma pessoa “prática” - pelo que os meus motivos são todos baseados em razão em vez de sentimento (nomeadamente saudade).
E porque é que escolho Melbourne? Porque:
- Aqui aprendi a valorizar muito mais o meu trabalho
- Aqui aprendi que o “não” é uma ferramenta poderosa
- Aqui tive de efectivamente “dar à perna”: nada me foi dado numa bandeja, tive (e ainda tenho) de ser eu a construir o meu caminho
- Aqui tive de fazer do inglês a minha primeira língua
- Aqui comecei a tratar melhor de mim (acho que nunca estive em tão boa forma física ;))
- Aqui posso partilhar Portugal
- Aqui posso explorar este pedaço do mundo que de outra forma não exploraria (continuo a dizer que a Austrália é muito longe do mundo!!)
Se tivesse ficado em Portugal seria uma Joana diferente; se tivesse ido para Londres seria uma Joana diferente: ambas não seriam melhores nem piores do que esta Joana que está agora em Melbourne – apenas diferentes. O que "a" Joana é está enraizado num local bastante inacessível. Já tinha aqui referido antes que não acredito em grandes mudanças nas pessoas: a verdadeira natureza de uma pessoa não muda, o que pode mudar é a forma como se apresenta, encara e reage ao mundo. Mesmo esta “nova” Joana-de-Melbourne há-de ser engolida por uma futura Joana-de-uma-outra-qualquer-parte-do-mundo.
Chama-se aceitação. Chama-se crescimento.
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