Pela Tailândia | ทั่วไทย


A Tailândia não estava na minha bucket list, admito. Para ser sincera sempre associei a Tailândia a destino de backpackers (nada contra até porque uma parte de mim será mochileira até morrer), já bastante sobrelotado, e cheio de esquemas para apanhar turistas. Mas já que ía à Malásia, porque não aproveitar e subir mais uns kms para norte a caminho da Tailândia? E assim foi :)

Uma das grandes vantagens das minhas expectativas para esta viagem serem baixas foi a agradável surpresa que me aguardava! Gostei mesmo muito!!

Krabi 
Toda a gente já viu em algum momento alguma imagem das famosas praias do sul da Tailândia. Opinião pessoal: as Phi Phi (e afins) são realmente muito bem vendidas. Sim, são lindas, mas o número de turistas por metro quadrado é-me realmente incómodo. MAS, existem praias tão ou mais bonitas, e com muito menos gente - gostei muito do dia que passamos a visitar as ilhas Hong, mas gostei ainda mais de explorar Railay (especialmente uma determinada praia em que é necessária alguma dedicação para lá chegar, fazendo com que a praia esteja quase vazia).

Khao Sok National Park
Provavelmente o sítio mais bonito onde já estive. E um dos mais básicos: sem duches - o duche era no lago, sem eletricidade a partir das dez da noite, sem rede para o telemóvel nem wi-fi. Bungalows mais que básicos, flutuantes, rodeados de floresta.

Bangkok
Bangkok não é uma cidade bonita - ninguém vem a Bangkok pela sua beleza. Não. Bangkok é suja, poluída e caótica (foi o primeiro sítio que visitei em que até havia trânsito no rio!). Mas tem alguns dos templos mais bonitos que já vi e nas ruelas mais improváveis, comida de rua maravilhosa (também não faltam restaurantes com estrela Michelin para quem preferir), massagens porta sim porta não, preços muito simpáticos e temperaturas sempre à volta dos 30 graus (os níveis de humidade também andam sempre lá em cima).

Sugestões:
Usar os barcos como meio de transporte - é no mínimo divertido.
Ir aos mercados de rua comer! E se pensam que vão encontrar aos pontapés barraquinhas com escorpiões e cobras e tarântulas, esqueçam.
Apostar numa boa massagem num sítio de qualidade. Há centenas (!) de sítios, mas como queríamos uma coisa boa (encontram-se coisas com muito mau aspecto...) pesquisamos um bocadinho e acabamos por ir ao Health Land (muito bom).
Visitar o mercado de fim de semana de Chatuchak.
Ir ver uma luta de Muay Thai "a sério". Foi incrível! Não fazia ideia de toda a componente religiosa/espiritual associada. Mais do que uma experiência desportiva, foi uma experiência cultural, sem dúvida nenhuma. E não faltaram dois KOs.
Eu adoro Chinatowns, e a de Bangkok não desilude de todo (provavelmente a maior onde já estive).


Curiosidades:
  • “País dos sorrisos” é um slogan muito popular da Tailândia. Das duas uma, ou é uma característica do norte tailandês (só visitamos o sul e centro) ou entretanto alguma coisa mudou porque os sorrisos foram raros, e a maior parte das vezes algo forçados.
  • Existem páginas de internet só com os esquemas habituais para apanhar turistas na Tailândia. Evitando os tuk-tuk e os táxis que não usam taxímetro, tudo mais que tranquilo.
  • A passagem de ano parece o nosso São João com centenas de pessoas a lançar lanternas de papel.
  • O desrespeito pelas regras de trânsito deixou-me louca. NINGUÉM respeita as passadeiras, é frustrante! O peões têm realmente de ser pacientes (enquanto esperam uma aberta) e rápidos a atravessar a rua na primeira oportunidade - e uma oração antes de começar a correr não faz mal a ninguém.
  • Estima-se que na área metropolitana de Bangkok vivam cerca de 10 milhões de pessoas. Quanto ao número de veículos - desde carros, motas, táxis, tuk-tuk, camionetas - 9 milhões! Entende-se porque é que a condução é tão ofensiva e porque é que os peões estão na base da hierarquia.



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