A descoberta fora da nossa zona de conforto (II) | The discovery outside our comfort zone (II)


"The most wasted of all days is one without laughter."
- E. E. Cummings

Há umas semanas atrás estive confortavelmente bastante desconfortável. Expus-me perante cerca de duas dezenas de estranhos, numa situação tão íntima quanto rir: foi dia de experimentar laughter yoga - yoga do riso.

E desenganem-se os que pensam que rir às gargalhadas é fácil. Não estamos num ambiente humorístico/cómico, nem rodeados pelas nossas pessoas com quem nos rimos com a maior naturalidade. 

Aqui o riso é um exercício tanto aeróbico (sente-se bastante na zona do diafragma e zona abdominal), como psicológico, e emocional, e exige MUITA interação com quem nos rodeia. Tudo se torna ainda mais difícil quando no mesmo espaço estão pessoas que não têm grandes problemas em expôr-se e viver aquele momento, bem como pessoas para as quais aquela situação mais parece tortura.

Enquanto crianças rimo-nos por tudo e por nada. Mas depois a sociedade acaba por limitar-nos acerca do quê e de onde e de como nos devemos rir. E quando nos apercebemos já nem nos lembramos da última vez que rimos até chorar.

Sou uma pessoa de sorriso aberto e gargalhada fácil. Mesmo assim sei que a gargalhada sincera às vezes é difícil e por isso mesmo valiosa. Mas nunca pensei como seria tão difícil, para tanta gente, esboçar um mero sorriso para um estranho; quanto mais dar uma gargalhada que pudesse passar por minimamente convincente.

Supostamente o yoga do riso precisa de tempo para ser interiorizado, para se tornar um hábito - hábito esse muito saudável. Para todos os efeitos com esta prática é possível "enganar" o cérebro (o cérebro, pelos vistos, não consegue distinguir o riso natural do riso forçado) com a libertação de serotonina, endorfinas, dopamina e adrenalina.

Por isso riam, riam muito!

"Always laugh when you can. It is cheap medicine."
- Lord Byron

(mais acerca da descoberta fora da nossa zona de conforto aqui)

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