Sobre dar e receber | Om dagen och mottagandet
No final de Setembro, um mês após o meu regresso ao trabalho (ainda que remotamente), sentei-me com o Tiago e disse-lhe o que já há muito ele me dizia: estava a precisar de tempo para mim. Sentia-me cansada, esvaziada até.
Passados tantos meses a "dar" como mãe e companheira e dona de casa, o "dar" enquanto profissional foi a "gota de água" para assumir que estava a precisar de (também) tomar conta de mim.
Algo tão simples como sair de casa algumas horas para fazer coisas por mim / para mim: hot yoga, massagens, sessões de meditação, ir a uma exposição/concerto, ... .
Enquanto mulheres temos uma certa predisposição (?) para dar e dar e dar, sendo as nossas necessidades colocadas muitas vezes em segundo plano. Não sei se será biológico, psicológico, pressão social, condicionamento cultural, estereótipo, mas ainda é uma realidade muito presente (minha perspectiva): as mulheres estão muito mais "presas" ao papel de cuidadoras do que os homens.
Tem sido um processo aprender a desligar-me mais e usufruir. Até porque é também esse o exemplo que quero dar à minha filha: que tratar de nós é fundamental. E que a culpa não tem lugar aqui.
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