Baptizado na Igreja da Suécia | Döpt i Svenska kyrkan

A Igreja da Suécia pode ser descrita como uma igreja nacional: quase 70% da população sueca pertence à Igreja da Suécia (e isto mesmo apesar dos suecos não serem super espirituais/devotos). A Igreja da Suécia pertence à comunhão luterana mundial e até ao século XIX era a única igreja reconhecida pelo Estado, sendo os seus assuntos regulados pelo Parlamento (a separação do Estado deu-se apenas em 2000).

Toda a gente que é baptizada na Igreja da Suécia torna-se automaticamente membro. Quem não o for pode pedir para ser registado como membro. Todos os membros acima dos 18 anos e que tenham rendimentos têm de pagar uma taxa anual para pertencer à Igreja da Suécia. Esta taxa é uma percentagem aplicada sobre o rendimento bruto anual - pode variar entre paróquias e ronda os 1%-2% do rendimento bruto anual - a sua cobrança é administrada pelas finanças suecas e resulta numa dedução mensal ao salário.

Os não-membros podem na mesma assistir às cerimónias, mas não podem, por exemplo, casar-se na Igreja da Suécia. Para se efetuar um funeral pela Igreja da Suécia também é necessário ser-se membro.

E porque estou eu a falar da Igreja da Suécia?! Porque este fim-de-semana tivemos o prazer de ir participar no Baptizado da bebé de um casal amigo, precisamente na Igreja da Suécia, e achei interessante partilhar:

- a cerimónia foi realizada por uma mulher

- não se 'usa' uma pia baptismal mas sim uma espécie de vaso largo de prata colocado numa mesa em frente ao altar

- os padrinhos não têm grande destaque

- no final da cerimónia somos convidados a ir dar os parabéns ao bebé e pais, junto ao altar, em que basicamente os pais ficam com o bebé ao colo à espera que os convidados se aproximem e tirem uma foto com o seu telemóvel

- a seguir à cerimónia na igreja dirigimo-nos para o centro paroquial junto à igreja, e é aí que acontece um almoço leve: sandes, croissants, fruta, café e sumos; uma coisa muito informal e despretensiosa

- as prendas são colocadas numa mesa (estavam todas embrulhadas) e não são abertas em frente aos convidados; se por um lado acho muito bem que as prendas sejam abertas de forma privada (não há comparações nem julgamento de ninguém), por outro lado também gosto de ver a reação a uma prenda escolhida por mim só para perceber se 'acertei' ;) (mais tarde recebemos a mensagem dos pais a dizer que tinham gostado muito ahah)

(Apenas uma última observação: não sei se é o 'standard' mas não vi mais ninguém a pegar ao colo a bebé - que já tem mais de 1 ano - para além dos pais; nem os padrinhos, nem mesmo os avós.)