Acerca de licenças longas | Om långa licenser
Nunca ouvi ninguém a "queixar-se" das longas licenças de maternidade/paternidade suecas. São encaradas como um direito fundamental e inalienável, até porque não há onde deixar os bebés antes dos 12 meses de vida.
Sim, pode ser beeeem intenso. Aliás, algures durante os primeiros meses em casa cheguei a questionar-me se de facto as licenças não seriam longas de mais... Mas este pensamento foi tido durante uma das fases mais complicadas da maternidade, com uma rotina muito aborrecida - para mim - de certeza que há mães que adoram! A verdade é que os bebés evoluem TANTO no primeiro ano de vida, que poder assistir a tudo na primeira fila é impagável.
Sim, às vezes (muitas) há que ter alguma (muita) imaginação, alguma (muita) paciência, e é preciso “abraçar" algum (muito) sacrifício. Afinal são 24 sobre 24 horas, 7 dias por semana, e durante longos meses (e mais ainda no nosso caso em que estamos por nossa conta): sai-nos do corpo - e da alma - efetivamente.
Estas licenças permitem-nos ainda fazer tudo de uma forma muuuito mais calma. Não há pressas com o sentar, com o começar a comer, com o desmame da mama - afinal não há pressas para preparar o bebé com 4/5/6 meses para ir para o berçário: é tudo mais orgânico.
E a "cereja no topo do bolo" é o facto das empresas estarem preparadas para esta ausência das mães/pais: afinal eu vim parar a Estocolmo com um contrato de 1 ano precisamente para substituir uma grávida, e foi contratado alguém por 1 ano para me substituir durante a minha ausência - e a verdade é que torna o mercado de trabalho sueco bem mais dinâmico, permitindo uma entrada mais simplificada na força de trabalho.
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