A todos os profissionais de saúde com quem me cruzei | Till alla vårdpersonal jag träffat

Grávida de forma "inesperada", num país que não é o meu - e cuja língua eu não falo, sem a minha estrutura de apoio por perto (tirando o Tiago obviamente). Uma fase já por si stressante, onde tivemos de aprender a navegar um sistema de saúde completamente diferente, e sempre com o peso de que a comunicação tinha de ser feita toda em inglês.

Durante os últimos 9 meses perdi a conta do número de profissionais de saúde com que me cruzei. A começar com a minha enfermeira-parteira Isa que me acompanhou durante toda a gravidez, até às técnicas das ecografias, à equipa que tentou (sem sucesso) virar a Aurora, ao anestesista que me explicou tudo o que me esperava, a quem me preparou para a cesariana / tratou de mim pós-cesariana, à equipa que me operou, a todas as enfermeiras-parteiras que tomaram conta de nós durante aqueles dias/noites no hospital, ao pediatra Jakob que viu a Aurora após o nascimento e que também a viu quando fomos às Urgências (no segundo sábado em casa a Aurora estava com uma febre muito leve e fomos às Urgências Pediátricas - como foi reconfortante encontrar uma cara familiar!), às enfermeiras-parteiras que me ligaram religiosamente durante os primeiros dias em casa, às enfermeiras peritas em amamentação, e a terminar na Elsa - a nossa enfermeira-pediátrica no Centro de Saúde e na nossa pediatra ... etc etc ... a todas elas (com poucos eles pelo meio) só posso dizer um grande obrigada do fundo do coração!

Cada vez que ouvia um “Hej!” inicial (olá em sueco), ao qual eu respondia “Hello!” (olá em inglês), fui 98% das vezes recebida com um “Should we speak in English?!” ao qual eu respondia sempre “Yes, please”. Nunca me senti discriminada, ignorada ou menos importante por ser uma estrangeira a viver na Suécia (e que não fala sueco). Muita gente inclusive, me pediu desculpa pelo seu inglês não ser “muito bom” - era sempre mais do que suficiente!, e definitivamente melhor que o meu quase-nenhum-sueco :)


Perguntaram-nos a nossa história.
Interessaram-se pelo que estávamos a sentir.
Garantiram sempre que estávamos as duas bem.
Ensinaram-nos a mudar fraldas, dar de mamar, fazer arrotar, fazer o pele-com-pele, ler os sinais.
Estavam à distância de um botão, mensagem ou chamada telefónica.
E tornaram toda esta experiência uma sucessão de boas memórias.
Tack så mycket!

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