E se? | Och om?

E se? E se?

Nunca fui de passar muito tempo a pensar no e se? E se tivesse feito 'aquilo'?, e se tivesse dito não?, e se tivesse dito sim?, e se tivesse ido pela direita? 

Conseguimos identificar nas nossas vidas, e com relativa facilidade, momentos “críticos” de decisão, em que claramente percebemos o peso que a escolha de um determinado caminho irá ter, para o bem e para o mal, no nosso futuro.

E todos os momentos não-críticos? Todas aquelas decisões que parecem tão banais (porque o são) e que trazem consigo a possibilidade de futuros tão distintos? Um atraso a apanhar o comboio e que nos fez apanhar o comboio a seguir, a inscrição naquela aula de fotografia, um exame de saúde que antecipamos só porque sim, o passeio de bicicleta que optamos por não fazer, etc etc etc.

Eu ficaria doente se tivesse de analisar todas as minhas escolhas e questionar-me sobre o que teria acontecido se tivesse decidido da maneira A ou B ou C ou D ou E ou F. Não obrigada. 

Obviamente que se não estou feliz com alguma escolha minha que ainda posso alterar, fá-lo-ei. Sou daquelas que acredita que temos agência na nossa vida para alterarmos uma série de coisas, para revermos opções e escolhermos algo diferente (mediante a flexibilidade de cada um, claro!). E admito ainda que tenho alguma falta de paciência em tentar perceber aquelas pessoas que se queixam constantemente e repetidamente da 'mesmíssima' coisa e que nada fazem para mudar apenas porque acreditam que o seu presente está puramente ligado a decisões do passado, e que a solução para os seus atuais problemas apenas poderia ser alcançada através de uma (impossível) viagem no tempo. 

Talvez em vez de um e se? um e agora que estamos aqui o que podemos fazer?

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