Trauminhas | Mindre trauman

Todos nós trazemos na nossa bagagem alguns "trauminhas": estou a falar de coisas ligeiras, nada de dramático, mas que de uma maneira ou outra influenciam o nosso presente. E porque estou eu aqui a revelar os meus "trauminhas"?! Porque acredito que reconhecê-los e percebê-los diz muito acerca de nós, e principalmente porque acredito que nos torna mais gentis para connosco.

No meu caso:

Eu e a corrida. 
Detesto detesto detesto correr. Porquê?
- o teste de Cooper em que tínhamos de correr não sei quantas voltas ao campo de futebol da escola
- a obrigatoriedade de correr o corta-mato
- a fraca qualidade de soutiens desportivos há 30 anos atrás
Fiquei tão "traumatizada" em miúda que nunca consegui apagar essas más memórias.

Eu e os desportos de equipa. 
Eu era aquela-típica-muito-boa-aluna-excepto-em-Educação-Física (e era das poucas que usava óculos desde sempre). Conclusão, era super normal ser uma das últimas a ser escolhida - ou mesmo a última - para as equipas de futebol/andebol/voleibol/etc. Acho que isso fez com que, de forma injusta, sempre tivesse assumido que o Desporto não era para mim.

Eu e as prendas do dia do pai.
Sendo filha de pais divorciados desde que me lembro de existir (e praticamente sem relação com o meu pai), e numa altura em que eu era a única filha de pais divorciados que eu conhecia, a atividade obrigatória de fazer a prenda para o pai por altura do dia do pai sempre me fez alguma confusão (sorte da minha mãe que ganhava prendas no dia do pai e no dia da mãe <3). Há 30 anos atrás havia uma certa falta de sensibilidade para situações destas que espero já não aconteça nos dias de hoje, mas que me tornou - acredito - mais sensível a diferentes realidades de família.

Eu e os quartos estranhos.
Quando era criança não me deitava para dormir à noite sem espreitar debaixo da cama - e não tenho uma razão válida para isso. Hoje em dia se estiver sozinha num quarto de hotel ainda espreito debaixo da cama - e dentro do guarda-vestidos, e por detrás das cortinas. Maluca mas segura ahah.

Eu e as coisas que picam.
Quando era miúda a minha mãe adorava vestir-me com vestidos bonitinhos e meias-calça bonitinhas, só que de lã (era o que se usava diz ela). Durante anos e anos - quando passei a ser eu a decidir o que vestia - recusei-me a usar qualquer tipo de meia-calça, e hoje em dia não consigo usar absolutamente nada que me pique - nada!

Eu e as centopeias.
Na quarta classe lembro-me de um colega de turma que foi mordido por alguma coisa da família da centopeia e ficou com a mão roxa e verde e a escamar e super nojenta (ele ficou bem depois!), e desde aí ganhei medo às centopeias.

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