The Well - o (des)conforto do corpo nu | The Well - (u)komforten til den nakne kroppen

The Well é o maior hotel-spa do norte da Europa: diversas piscinas interiores e exteriores, várias saunas e banhos a vapor, chuveiros, um haman oriental, uma zona japonesa, lounges, bares, restaurantes, salas de tratamento e muito mais, a 30 minutos de camioneta do centro de Oslo. (E o hotel é lindíssimo, super elegante - com uma decoração muito caracterizada pela nudez ahah, e com um pequeno-almoço maravilhoso!)

Muito alinhada com a tradição finlandesa (e até sueca), o uso de roupa de banho é proibido nas saunas/banhos a vapor e opcional nas piscinas - a roupa de banho só pode ser adquirida na recepção do spa, por uma questão de homogeneidade e porque o material da roupa de banho do spa seca mais rapidamente (e o facto de vivermos numa sociedade capitalista também deve ter o seu peso...). 

Desde que me lembro nunca tive problemas em despir-me/vestir-me/estar nua em frente a outras mulheres em balneários e situações semelhantes, mas nunca me tinha propriamente imaginado estar nua, e rodeada de pessoas nuas de vários sexos (já tínhamos estado nus em saunas/lagos/mar, mas só os dois; e também em saunas segredadas - o Tiago no meio dos homens e eu no meio das mulheres).

Obviamente, qual 'novatos', compramos a roupa de banho na recepção do spa, afinal não nos queríamos arriscar a ser os únicos a usufruir da experiência em modo 'como viemos ao mundo'. Medo infundado: mal saio do balneário das mulheres (depois de banho completo tomado, regra óbvia de higiene do spa), deparo-me com um corpo nu masculino a sair do jacuzzi; e olhando em volta, várias mulheres e homens tinham optado por não usar a roupa de banho. 

Depois de 20 segundos a conferenciar estávamos os dois despidos e...

...confortáveis. Afinal corpos são corpos, todos diferentes mas essencialmente todos iguais - a partir de certa altura era como se todos estivéssemos vestidos com a nossa pele.

Percebo perfeitamente quem não se sinta à vontade com a sua nudez/nudez dos outros. E eu também não me teria sentido confortável se em algum momento tivesse sentido algum tipo de atenção indesejada: esta nudez nada tem de erótico, e muito menos de sexual. (Adorei perceber que me sinto confiante na minha pele e que nem por um momento me tenha passado pela cabeça o que é que os outros estariam a achar do meu corpo nu).

Os meus favoritos:
- apanhar sol nua, numa zona reservada junto à orla da floresta, a sentir o sol e o vento na minha pele
- a sauna tropical, toda revestida a bambu e com sons de passarinhos tropicais e de chuva a cair
- a sala dos jactos
- a zona japonesa, obviamente
- a 'cerimónia do 'aufguss' em que o 'mestre da sauna' coloca bolas de gelo misturadas com óleos essenciais na 'caldeira' da sauna, e ao som da música vai, com a ajuda de uma toalha, distribuindo o calor e o vapor pela sauna


post com mais acerca dos nossos dias em Oslo para breve

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