Tempos absurdos | Absurd times
A paciência é uma arte.
Vivemos numa sociedade em que coisas como ...
a velocidade da internet
o tempo que o motorista do Uber demora a chegar
o tempo que a luz do semáforo demora a mudar de cor
a fila para passar o controlo dos passaporte num qualquer aeroporto
...nos tiram do sério.
E tudo porque o tempo é uma das commodities mais valiosas que possuímos.
E agora, de repente e pelas piores razões, tempo é praticamente tudo o que temos à disposição. (Isto para os sortudos que não têm de estar na linha da frente a combater o vírus!)
Muitos de nós vêem-se fechados em casa, num verdadeiro teste à paciência em que temos de aceitar que há alturas em que a única coisa que podemos fazer é ficar em casa (não, não é assim que vamos erradicar o vírus, mas é assim que vamos dar oportunidade a mais gente de recuperar e sobreviver). E não me interpretem mal - aceitar não é o mesmo que gostar.
Este também é um teste (desafio!!) à capacidade de manter a calma.
Para mim serenidade não é irresponsabilidade.
Irresponsabilidade é ignorar os factos e viver num mundo-do-faz-de-conta, é usar a desinformação para instalar o caos, é acreditar em tudo o que se ouve/diz sem sentido crítico e repetir-repetir-repetir, é pegar no medo que se sente (por mais válido que seja) e distribuí-lo por toda a gente só porque sim.
Serenidade é estar bem informado e agir em conformidade. Serenidade é aceitar a realidade e aprender a viver com ela - mais uma vez aceitar não é gostar. Serenidade é respeitar os outros. E é pensar em como podemos tornar a vida de toda a gente mais fácil.
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