"Sê a voz, não o eco" | "Be a voice not an echo"


Nunca fui pessoa de perder o sono com a opinião dos outros. Aliás, umas das melhores coisas de envelhecer, pelo menos para mim, tem sido essa capacidade de não me preocupar com o que os outros pensam acerca de mim e das minhas escolhas, ao ponto de as questionar e duvidar das minhas decisões.

Obviamente que respeito e aceito as suas opiniões - falo das pessoas que realmente têm um papel na minha vida - principalmente quando são construtivas e mostram-me outros pontos de vista. Mas essa validação ("fazes muito bem", "estás a cometer um erro", "pensa bem antes", “se eu fosse a ti...”) torna-se bastante desnecessária, principalmente a partir do momento em que uma pessoa se reje pela sua própria escala de valores.

Não é possível agradar a todos, ponto. Mas também porque é que isso tem de ser o objetivo de vida de alguém?! O gasto de tempo e de energia que isso envolve... Acredito realmente que uma das maiores qualidades que alguém pode ter é o ser flexível (re-aprendo isso todos os dias), mas essa flexibilidade não pode acontecer às custas do desejo de agradar os outros.

Há uma certa norma social no que diz respeito à Vida. Sabem aquelas marcas que se fazem junto à porta do quarto dos filhos a assinalar as suas alturas em determinadas fases da vida?! Existirá uma régua semelhante para a Vida?! Escola e curso... trabalho... casa... casamento... filho 1... filho 2... Mas e quem não quer necessariamente isso para si?

Provavelmente algo relacionado com o facto de eu nunca ter tido essas marcas na porta do meu quarto.

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