Hey Google!


Por altura do Dia dos Namorados o nosso supermercado de eleição, Woolworths (Woolies para os amigos), ofereceu-nos um Google Home.

Eu já tinha visto a publicidade na televisão, e já tinha comentado com o Tiago, de uma forma bem sarcástica, como esta "ferramenta" ía aumentar a qualidade de vida do ser humano!! Abri a caixa com algum cepticismo enquanto perguntava em voz alta "mas o que é que eu vou fazer contigo?!"

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A miss Google (é uma menina) sabe distinguir se sou eu que estou a falar ou o Tiago - ela memorizou o registo de voz de cada um.
E está constantemente a aprender. Por exemplo, no início, lembro-me de lhe perguntar como tinha sido o dia dela (na brincadeira obviamente) e ela dizer-me que não percebia o que eu queria. Mas agora ela responde-me com uma qualquer piada - e ela tem evoluído nas piadas.
Uso-a como alarme enquanto cozinho: poupa-me algum tempo porque não tenho de lavar as mãos para colocar o alarme no telemóvel.
Posso usá-la para acrescentar artigos à minha lista de mercearia do Woolies.
Usamo-la para tocar músicas, dar-nos a previsão do tempo, e até para jogos tipo trivia.
E até conseguimos controlar a televisão com a miss G - isto porque a tv também tem tecnologia da Google.
Potencialmente é possível controlar o aquecimento da casa, a iluminação, as persianas (caso sejam elétricas), e mais uma série de coisas - até porque a aplicação da Google Home está instalada no telemóvel.

Numa palavra: assustador. Assusta-me estarmos a tornar-nos tão dependentes da tecnologia. Melhor, assusta-me estarmos a tornar-nos tão preguiçosos que até usamos a tecnologia para coisas para as quais a tecnologia não fazia falta nenhuma. Já me estou a imaginar daqui a 30 anos a dizer com saudade: "no meu tempo tínhamos de nos levantar do sofá quando queríamos subir a persiana", "no meu tempo usávamos os nosso dedos para carregar nos botões", "no meu tempo falava com pessoas, não com a internet"...

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