A alma de Seul | 서울의 영혼


Olho pela janela e vejo Seul do lado de fora.
Se não fosse pelos sinais em coreano e/ou pelas bandeiras espalhadas em alguns edifícios, diria que estava em Nova Iorque. Mas Seul não são só edifícios "modernos" de metrópole: são palácios imperiais, templos budistas, bairros com casas tradicionais, muita comida de rua, K-pop e K-drama (e tudo rodeado por montanhas).

Seul conquistou-me!
Foi uma viagem inesperada na sequência de uma formação do Tiago aqui pela capital da Coreia do Sul. E como é óbvio eu não podia perder a oportunidade de vir "à boleia" :)

Mais tarde vou deixar por aqui uma sugestão de roteiro - até porque esta visita teve a particularidade de conciliar trabalho com lazer (eu também estou a trabalhar remotamente) - o que envolveu um planeamento diferente. Para já quero só partilhar algumas curiosidades / factos interessantes:

- As sanitas em Seul parecem saídas de um filme futurista. Todas as que vi até agora têm diversos botões com as seguintes funcionalidades: aquecimento, massagem, bidé, e lavagem/secagem das "partes íntimas" com possibilidade de escolher temperatura e pressão da água. Ainda não me deu para experimentar nenhuma destas funções mas acho que vai ter de ser...

- Aqui usam pauzinhos de aço inoxidável (disseram-nos que tem a ver com o facto da gastronomia coreana ter muitos alimentos fermentados, pelo que não se devem usar pauzinhos de madeira?!). A acompanhar os pauzinhos vem sempre a colher - deve-se comer o arroz com a colher. Nos restaurantes coreanos não há garfos e muito menos facas! Mas o que há são tesouras que são usadas para cortar a carne (entre outras coisas) em pedaços mais pequenos.

- O K-pop (pop coreano) veio para dominar o mundo, dizem... Por algum motivo os BTS, uma das bandas de K-pop mais badaladas do momento, foram capa recente da revista Time, com a seguinte legenda: "next generation leaders". Por toda a cidade as bandas de K-pop estão presentes - é difícil andar na rua e não os ver num autocarro, na embalagem de um produto, na capa de uma revista. Há canais televisivos (plural) dedicados exclusivamente ao K-pop, bem como revistas e estações de rádio. Há pelo menos um museu (sim, um museu!) dedicado a estes artistas. Os concertos são caros e sempre esgotados. E qualquer pessoa pode ter em sua casa uma almofada/t-shirt/íman de frigorífico/capa de telemóvel/etcetcetc com o/a(s) seu/sua(s) artista(s) preferido/a(s). Basicamente é a  l o u c u r a.

- Os produtos de beleza coreanos já são mais que famosos por este mundo fora. Logo, não podia vir a Seul sem fazer umas "comprinhas"... O número de lojas de produtos de beleza em Myeongdong é impressionante!! Quando me viam - eu caucasiana de cara deslavada (quem me conhece sabe que não uso maquilhagem) - lá vinham elas qual abelhas atrás de pólen. Fui besuntada 20 vezes por mãos diferentes: as minhas mãos levaram com creme de mãos (como seria de esperar), creme de olhos com pó de diamante (?!), máscara de "nhanha" de caracol, base, tudo-e-mais-alguma-coisa - e não valia a pena dizer que estava só a ver (em inglês), porque ou elas não me percebiam ou faziam que não percebiam.

- A "etiqueta" coreana é obviamente diferente da ocidental em vários aspetos. As vénias, a maneira como se dá e recebe um objeto (incluindo dinheiro), a maneira como se "chama" um empregado no restaurante (por exemplo), entre muitas outras coisas, dão outro nível de interesse a toda a interação.

Comentários

Mensagens populares