Viver na minha pele | Living in my skin


Acho que só de há três anos para cá é que comecei efetivamente a ouvir o meu corpo a “manifestar-se".

Sempre tive um estilo de vida minimamente equilibrado e os meus maiores problemas de saúde até aí tinham sido, muito provavelmente, as minhas otites enquanto criança e umas amígdalas removidas aos 27 anos.

Mas antes de fazer 30 a minha psoríase começou a dar sinais. Sempre tive psoríase num grau muito-muito-muito ligeiro e apenas nos cotovelos, herança do meu avô materno, e que nunca me incomodou por aí além.

Quando o stress entrou na minha vida, a psoríase piorou (incluindo nas unhas), e as minhas adoradas mãos passaram a ser vítimas frequentes de eczema. E quão mais stressada estava, mais difícil era resistir à comichão, ficando frequentemente com zonas das minhas mãos em carne viva.

Quando o stress piorou, na pior fase, para além das dores de estômago comecei a precisar de comprimidos para dormir (era isso ou dormir 3h por noite, eu que sempre dormi 8h) - obviamente estava a ser acompanhada por uma médica. E quando essa mesma médica me perguntou se eu precisava de comprimidos para ir trabalhar, a minha resposta foi imediata: “no dia em que precisar de comprimidos para ir trabalhar, mudo de trabalho”. Antes que isso acontecesse resolvi dar um novo rumo à minha Vida, e também por causa disso a Austrália acabou por acontecer.

Muitas vezes (demasiadas) ignoramos o que o nosso corpo nos está a tentar dizer. Desvalorizamos. Acreditamos que pode tudo. Mas se houve algo que aprendi com a "idade", foi a importância de escutá-lo (e aprendi igualmente a agradecer pela constante lembrança).


Comentários

Mensagens populares