Espiritualidade | Spirituality


Fui criada numa família católica, mas não fui deformada face ao que existe para além da bolha da Igreja. Pelo contrário, sempre tive uma imensa curiosidade e respeito por outras religiões e filosofias - sempre foi uma das minhas partes favoritas de viajar.

A vinda para a Austrália deu-me acesso a algo mais. Com a globalização, com a proximidade geográfica à Ásia, bem como graças às enormes comunidades de estrangeiros que vivem cá, a Austrália está muito aberta ao mundo no que diz respeito à espiritualidade - principalmente no que diz respeito às filosofias orientais.

Num espectro de espiritualidade - de zero, nada espiritual, a 20, completamente espiritual, sempre me considerei ali no intervalo entre os 13-15. Chamem-lhe Deus ou Energia, mas eu nunca senti que estivesse sozinha neste mundo imenso. E sempre me senti conectada ao outros e ao que me rodeia (podem chamar-lhe empatia).

Por mais cépticos que sejamos já todos sentimos a "boa"/"má" energia de alguém: pessoas cuja presença nos agrada/incomoda de forma quase instantânea, sem haver sequer uma troca de palavras. Ou então, já todos tivemos dias em que nos sentimos com "boa" ou "má" energia. E até sabemos como podemos transformar essa "má" energia em "boa": desporto, uma noite de sono descansada, uma conversa com os amigos, determinada música, etc etc.

Nos tempos modernos, na sociedade ocidental, até parece um bocado mal assumir a nossa espiritualidade. Afinal, como encaixar a ciência e a racionalidade com tudo o resto?! - a mim, ciência e racionalidade parece-me um mundo muito triste...

A espiritualidade não tem de ser igual para todos: pode ser ir à missa, praticar surf, fechar os olhos e meditar, plantar árvores, tocar um instrumento, estar em paz com a natureza: algo que nos tire do terreno e nos eleve. E a verdade é que eu escolho viver a partir do alto.

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