O tempo perguntou ao tempo | Time asked time

"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem".


Durante os últimos anos senti tantas vezes que não tinha tempo para tanta coisa... Se houve alturas em que realmente não tinha tempo, outras houve em que simplesmente não tinha tempo (vontade/espaço) para arranjar tempo.

E agora que tenho tanto tempo livre em mãos, que faço a esse tempo?!

Em primeiro lugar redescobri o prazer de estar comigo, sem desculpas e distrações. Como dizia Thoreau, "insist on yourself, never imitate" (..."se eu não gostar de mim quem gostará?!"...).

Em segundo lugar estou a fazer por sentir prazer com as coisas mais pequenas e subtis da vida do dia-a-dia. Descalçar-me no jardim perto de casa, olhar o céu, ouvir Moby, cozinhar, fotografar, beber um cappuccino.

Em terceiro lugar voltei aos livros: neste momento estou a ler Murakami ("Kafka on the shore"), e na lista já tenho "Revival" de Stephen King, "Madame Bovary" de Gustave Flaubert e "Ulysses" de James Joyce. E faço questão de ler no jardim, descalça.

Em quarto lugar estou a aproveitar o tempo livre para expandir e desenvolver ("to expand and develop"): yin yoga e hot yoga (o meu vício), laughter yoga (vou experimentar em breve!), meditação e voluntariado.

Só posso esperar que quando não tiver tanto tempo livre, mesmo assim arranje tempo para arranjar tempo.

P.s. - Como nenhuma mulher é de ferro, também há tempo para dormir (sestas incluídas), idas à praia e Netflix :)

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