De Portugal para o mundo | From Portugal to the world

“I am no more modern than ancient, no more French than Chinese, and the idea of a native country – that is to say, the imperative to live on one bit of ground marked red or blue on the map and to hate the other bits in green or black – has always seemed to me narrow-minded, blinkered and profoundly stupid. I am a soul brother to everything that lives, to the giraffe and to the crocodile as much as to man.” 
- Gustave Flaubert

Todos os dias cruzo-me com centenas (milhares?) de cidadãos do mundo. Chineses, coreanos, japoneses, malaios, singaporenses, indonésios, indianos, etíopes, sul-africanos, chilenos, brasileiros, gregos, italianos, ingleses, alemães, franceses, espanhóis, (poucos) portugueses, e ainda australianos.

Pessoas que escolheram Melbourne para estudar/trabalhar/viver/visitar/como refúgio.

E durante algum tempo - de acordo com a duração do visto de cada um - sentimo-nos todos cidadãos do mundo.

E no meio das diferenças, impossíveis de ignorar, tais como a fisionomia, a língua, a religião, a comida, os hábitos de higiene, e o comportamento social, acabamos por partilhar uma cidade que não é nossa mas que também é nossa: e Melbourne deixa de ser uma "simples" cidade australiana para ser uma cidade "do mundo".

Eu não tenho a ambição de ser uma cidadã do mundo: é demasiado irrealista num mundo com tantas fronteiras e quotas de entrada e burocracia. Mas sou uma portuguesa no mundo. E com muito orgulho.
  • Sinto orgulho de não precisar de procurar no Google Maps onde fica Marrocos, ou o Perú ou a Noruega.
  • Sinto orgulho de saber História do mundo.
  • Sinto orgulho de comunicar em inglês.
  • Sinto orgulho de me saber comportar, respeitar filas, ser educada, e não usar o telemóvel como parte integrante do meu corpo.
  • Sinto orgulho quando me dizem que adoraram conhecer Portugal, ou então que querem muito visitar o nosso país.
Enfim, sinto orgulho de ser uma portuguesa no mundo.

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