Decisões-decisões | Decisions-decisions

Tomar decisões nem sempre é fácil. Normalmente quão mais importante a decisão, mais difícil se torna o processo de decidir. E porquê? Porque nos falta esse ritual... É mais fácil procrastinar, precipitarmo-nos ou então deixarmos que sejam os outros a decidir por nós.

A sugestão apresentada pela School of Life - da qual sou aluna fiel, e que me teria poupado horas e horas de noites mal dormidas - passa por analisar o problema em questão sobre cinco ângulos distintos: na perspetiva do inimigo, do nosso instinto, da morte, da precaução e da coragem.

Inimigo

O nosso inimigo conhece as nossas fragilidades e os nossos medos, e quer o pior para nós. Esta perspetiva dá alguma utilidade ao inimigo, nomeadamente, fazendo o contrário daquilo que suspeitamos que o nosso inimigo desejaria para nós.

Instinto

O instinto é a acumulação de todas as decisões que tomamos na vida, das nossas experiências, fracassos e sucessos, logo deve ser um convidado para a mesa da tomada da decisão.

Morte (tic-tac)

A morte desperta-nos, funciona como uma nova fonte de confiança, torna-nos menos assustados com as pequenas coisas. Afinal tudo é mais pequeno, tudo é menor, tudo é secundário, quando comparado com a morte.

Precaução

A voz da razão/precaução tem de estar presente. Nunca nos podemos esquecer que a probabilidade de tudo correr mal é bastante elevada. Infelizmente nem sempre nos podemos rebelar contra a nossa realidade.

Coragem

Muitas vezes damos connosco a seguir regras que nada fazem por nós, convenções socias, expectativas dos outros, medo de desiludir & necessidade de agradar. Às vezes é preciso arriscar e ir contra a maré.

Muitas vezes paralisamos porque queremos tomar "A" melhor decisão, "A" decisão perfeita. Foi uma batalha minha durante muitos anos. Mas tenho vindo a perceber que nenhuma decisão é perfeita: a vida é feita de decisões razoáveis, suficientemente boas, aceitáveis ao momento. E isso para mim tornou-se mais que suficiente: prefiro viver com uma decisão mais-ou-menos do que paralisada à espera que a solução perfeita caia do céu.