Fake it till you make it | Fejka tills du klarar det

Fake it till you make it, qualquer coisa como finge-que-estás-a-conseguir-até-efetivamente-estares-a-conseguir. Por norma esta ideia é aplicada mais num contexto profissional mas entretanto descobri que encaixa perfeitamente na parentalidade ahah. (Do que eu tenho observado, este mantra parece-me ser praticado por vários pais - e eu estou a pensar seriamente em juntar-me a esta “religião” ;))

Ter filhos é tudo bom e borboletas e pózinhos-de-perlimpimpim (só que não) até algum(a) pai/mãe com menos filtro ser (demasiado/a) sincero/a e dizer algo como “isto é mesmo muito duro”, “a crise dos 4 meses é terrível”, “a minha paciência está a chegar ao limite”, … . Mas curiosamente depois de aberta a caixa de Pandora então TODA a gente começa a partilhar o mau, o feio e o terrível.

Recentemente, depois de um episódio destes em que a nossa sinceridade serviu como um trampolim a outros pais, perguntei-lhes porque é que não se fala das lutas e desafios da parentalidade mais abertamente, porque os pais são, na generalidade, muito genéricos e na base do “ah estamos cansados MAS...”.

As resposta dos pais variaram entre: 

- se os pais fossem sinceros a Humanidade terminava

- os pais gostam de companhia na miséria

- o tal "we need to fake it until we can make it", o que me deixou efetivamente a pensar

A parentalidade tem momentos incríveis e mágicos, mas também tem muita frustração e preocupação e até uma certa raivinha (que faz parte da natureza humana) dos super-pais e seus super-bebés - em que cada vez acredito menos.

Vai haver dias em que vou precisar de ventilar - é tão saudável esta partilha real das nossas lutas e medos! - mas em todos os outros vou (tentar) seguir a estratégia do fake it till you make it. Fingir até deixar de ter de fingir. A nossa saúde mental agradece.

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